MATÉRIA VINCULADA NO JORNAL "TRIBUNA DO ADVOGADO", EM ABRIL DE 2015.
Belém deverá ganhar até o seu aniversário de 400 anos, em 2016, um verdadeiramente digno desta efeméride: um novo parque ambiental para suprir boa parte da carência de espaços de lazer da qual padece a população da capital, e ainda, uma obra que ajudará a desafogar o trânsito da capital, com a abertura de uma ou mais vias alternativas de circulação em uma de suas áreas mais movimentadas.
A área em questão é a do atual Aeroporto Brigadeiro Protásio, onde também está instalado o Aeroclube de Belém, entre as avenidas Doutor Freitas e Julio Cezar, no bairro da Pedreira, em um total de 52ha, que a Prefeitura de Belém pretende transformar em parque ambiental, com a recuperação do verde, a instalação de equipamentos de lazer, restaurantes, lanchonetes, prédios públicos e ainda, vias ligando as duas avenidas para ajudar a desafogar o trânsito na Almirante Barroso.
Serão varias soluções para Belém em uma só obra para mudar a cara da cidade. A possibilidade de abertura da chamada área do Aeroclube já foi considerada várias vezes, mas a iniciativa atual partiu de uma primorosa ideia do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado(TCE) Nelson Chaves, que foi encampada pela Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Pará, através de sua Comissão do Meio Ambiente.
NELSON CHAVES |
Nelson Chaves revela que a concepção surgiu há cerca de vinte anos, quando era vereador em Belém. "Naquela altura, fiz a sugestão de que a cidade pudesse fazer o aproveitamento daquela área para um grande parque ambiental, e pudesse levar o Aeroclube para uma outra área, considerando a importância para a cidade de Belém da existência de um parque ambiental desse tamanho, e como influenciaria na condição da vida", lembra o conselheiro.
A ideia foi amplamente divulgada pela imprensa na época, apesar do impacto que teria sobre a população da capital. Nelson Chaves recorda que o Bosque Rodrigues Alves tem apenas 15ha, enquanto que o futuro parque ambiental terá quase 60ha, uma área quatro vezes maior. "A proposta é dar a Belém uma área de lazer e de serviço semelhante a do Parque do Ibirapuera, em São Paulo".
Segundo Chaves, não haveria problemas em deslocar as atividades do Aeroclube para outra área mais distante na Região Metropolitana, em troca de dar a Belém um novo parque. Todavia, tudo depende de uma negociação com o Ministério da Defesa, já que o terreno pertence à Aeronáutica. A grande conquista será fazer com que a área seja incorporada ao patrimônio da cidade, observa Nelson que conta com o apoio de entidades como o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-PA) e a Ordem dos Advogados do Brasil-Seção Pará, além da opinião publica e imprensa, para que seja viabilizado um acordo político, envolvendo a Prefeitura de Belém, o Governo do Estado e a Presidência da República, visando o melhor para Belém e sua população.
Nelson Chaves argumenta que a liberação da área só depende de uma decisão política bastante simples por parte do Governo Federal, para viabilizar uma permuta com o Governo do Estado do Pará ou a Prefeitura de Belém, em troca de outro terreno para o Aeroporto Brigadeiro Protásio, ou mesmo uma doação da área do futuro parque para o município de Belém. "Temos que respeitar o interesse da Aeronáutica e a responsabilidade de quem tem o dever de zelar pelo patrimônio publico, enfatiza Nelson Chaves, afirmando que este projeto terá repercussão política nos legislativos municipal e estadual e a imprensa em geral, porque, mais importante do que o fato é a noticia do fato, o silêncio não tem eco.
ATUALIZAÇÃO DA MATÉRIA
Noticia da coluna sobre a cessão de área do Aeroclube a um grupo de atacarejo teve forte reação nas redes sociais. São pessoas que defendem a criação do Parque de Belém na área de 60 hectares, onde operam aviões de pequeno porte. A transação foi autorizada pela Infraero. Para o idealizador do Parque, engenheiro Nelson Chaves, a reação aponta a necessidade de uma área verde com múltiplo uso e com sequestro de carbono, tendência que beneficia o turismo, a gastronomia e o embelezamento da cidade.
Em conclusão, queremos deixar destacada a importância do assunto para a valorização dos espaços nobres da cidade de Santa Maria de Belém do Gran Pará, valorizando a vida de seus habitantes, sua história e sua cultura alicerçada no abençoado solo amazônico. O Pará e o Brasil tem que cultuar o Principio Constitucional em que todos são iguais perante a lei em direitos e obrigações, o que significa dizer que o mesmo conceito de direitos e igualdade tem que ser estendido a todo o território Nacional, independente da região.
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