Neste capítulo, abordaremos a complexa questão do sistema de transporte público em Belém e suas consequências dolorosas, principalmente para a classe trabalhadora e as legiões de estudantes na busca de um futuro melhor com independência e competência.
Os recentes acidentes com estruturas de pontes na região mostram a importância do transporte aquaviário, aproveitando a rica bacia hidroviária.
A antiga linha marítima Belém, Mosqueiro e Soure, incluindo Outeiro é uma opção que deve ser repensada com urgência.
Estudos realizados por profissionais de engenharia de transito são unânimes em afirmar o baixo custo dos transportadores de contingentes humanos em larga escala com o uso de trens e navios. As cidades com grandes potenciais hídricos podem fazer opção pelo transporte aquaviário, complementando um sistema que se interligue, desafogando as ruas saturadas pelo tráfego de veículos. É possível que pesquisadores do assunto já tenham até elaborado projetos nesse sentido, entretanto, a urgência em sua implementação é uma questão de segurança e de economia pública.
Embora se louve o desenvolvimento das tecnologias e o barateamento do custo para automóveis, é necessário repensar a proliferação desses produtos no confronto com a paz social, o meio ambiente e até mesmo em respeito aqueles que não dispõem de condução individualizada. O metrô, uma das modernas estruturas de transporte de passageiros, os trens elétricos chamados TGV (Trens de Grande Velocidade), que já dominam cidades européias, bem como Japão, podem ser pensadas como soluções factíveis para as cidades brasileiras e a cidade de Belém.
O adensamento populacional de uma comunidade reclama soluções imediatas, que em prioridades estão as políticas de transporte, de saúde, de trabalho, de habitação e consequentemente políticas de cultura e de laser. Recentemente inaugurados os pontos turísticos e culturais conhecidos como Estação das Docas, Hangar - Centro de Convenções e o Mangal das Garças reproduzem indiscutivelmente, um avanço considerável para a Metrópole da Amazônia e a comunidade de seus habitantes. A questão de transportes não se situa apenas nos núcleos urbanos, mas se prolonga para outra comunidades vinculadas, como sejam os municípios que perfazem um complexo de relações humanas, comerciais, culturais e políticas. A existência da empresa ENASA, recentemente extinta, deixou a marca positiva de sua validade para o desenvolvimento da região e da capital do estado, onde a empresa tinha sede. Antes da ENASA, a AMAZON RIVER, que foi a pioneira nesse eixo aquaviário, tornou possível o desenvolvimento e o equilíbrio das relações entre a capital do Estado do Pará e Manaus, a capital do Amazonas.
Em dias bem recentes uma equipe de arquitetos, entre eles Euler Santos Arruda e Eduardo Costa e Silva, com o apoio do Engenheiro Civil João Messias dos Santos Filho, conceberam um projeto de ligação fluvial entre Belém, Icoaraci e Outeiro, com terminal em Mosqueiro. A ideia foi lançada inclusive através da imprensa local, mas ainda aguarda o momento oportuno para ser adotada e a possível implantação pelas autoridades competentes. Uma das características desse projeto é o prolongamento até a ilha do Marajó, reduzindo-se a distância em aproximadamente 50% na ligação de Belém com o arquipélago. Estás ideias recheadas de boas intenções, estão qualificadas como expressão de um voluntariado a serviço do bem comum, sustentado por profissionais da maior respeitabilidade pelo conhecimento técnico que detém.
Imagem da Estação das Docas.
Imagens dos navios da extinta Enasa.Imagem da realidade caótica do trânsito em nossa cidade.
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