Continuando meus depoimentos para a história, da notável civilização Marajoara, que sofreu as consequências do ódio ancestral de outros povos vindos de longas distâncias, cultuando o ódio pela inveja, inveja da beleza da cultura artistica, inveja da beleza física dos habitantes da terra sem males onde, na concepção adversa, Deus (Tupã) descansava ao fim de sua longa jornada diária para recomeçar sua nova caminhada no dia seguinte.
Esse sentimento milenar alimentado principalmente por outros povos que não os Aruans ou Aruaques com raízes no Caribe, onde outras etnias habitavam há milênios segundo relatos históricos dos mais respeitáveis pesquisadores, entre esses, brasileiros e europeus.
José Varela, em trechos de sua pesquisa traz a lume o seguinte pensamento:
"Guaimã surgiu derrepente, quando todos achavam 'pacificados' os Aruã. Apareceu como um guerrilheiro emboscado nas matas do Pará, onde se reuniam cabanos afoitos. Atacando e fugindo como um raio pavoroso. Processando pelo Rei e procurando pela Guarda Costa, perturbou as salas de despachos dos paços da governança do Pará e Lisboa. No fim, ele virou fumaça nas queimadas amazonicas, sumiu no pico da neblina entre nuvens do Tauari dos pajés."
Este personagem Guaimã, não sei que fim levou. Se acharam e mataram, se finalmente foi escravo de alguém, ou morreu na peste de bexiga, prefiro acreditar que ele ainda vive em meio aos contrabandos que há nessas rotas de travessia no Oiapoque, que possa ser encontrado de negócios clandestinos no Ver-o-Peso.
E considero que vale fraternidade e construir "pontes" sobre todas as ilhas do vasto arquipélago do Marajó, de que continuar a guerra tribal onde nós, querendo ou não, somos todos tapuias, ou seja, "inimigos" de tudo quanto possa ameaçar a natural liberdade que deve ser a marca indelével de todo ser humano.
Vivam, pois os heróis tapuias Ajuricaba e Guaimã, na lembrança histórica de nosso povo!
A você José Varela, com a devida permissão, nós acreditamos na hipótese da morte de Guaimã por afogamento com o naufrágio de sua igaruana, no estuário norte do Rio Amazonas em meio a terrível Pororoca, o que faz muito barulho.
Continua.


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