domingo, 26 de julho de 2020

MEUS DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA - PARTE LXV

Os acontecimentos marcantes relatados por historiadores e pesquisadores durante a invasão dos "civilizados" vindos do outro lado do globo terrestre em busca do Eldorado, ouro em abundância para abastecer os palácios dos reis e rainhas coroados em nome de Deus, par governar com a força do absolutismo, ambiente em que "Lé etá cê moi". O Estado sou eu, dizia o monarca francês, ao tempo da revolução dos descalços e descamizados "los miserables" sonhadores de um sonho ainda distante, chamado liberdade, igualdade e fraternidade.

O que os "civilizados" não sabiam é que os nativos há muito tinham estreitas relações comerciais com holandeses, ingleses, irlandeses e franceses, com quem há muito tempo mantinham interesses reciprocos na troca de bens de consumo, quando a coroa portuguesa decide ocupar a Amazônia, encontrou grandes obstáculos, ou seja, as feitorias, portos, fortalezas construidas nas numerosas ilhas da Amazônia e principalmente na região do Amapá.

A história viria revelar que as relações entre os beligerantes nativos e os arrogantes portugueses não seriam tão faceis.

É bom lembrar que ao contrário dos franceses e holandeses que buscavam formar alianças e torcer acordos com as lideranças indígenas, os portugueses queriam impor-se passando por cima das lideranças dos caciques quando se tratava de obter mão de obra escrava para seus empreendimentos.

Um dos exemplos marcantes foi a revolta dos Tupinambás, três anos após a chegada de Castelo Branco e seus militares, foram surpreendidos por uma revolta dos Tupinambás que os sitiaram dentro do Forte do Presépio, privando-os de água e alimentos por vários dias. As armas ou os nativos empunhavam eram obtidos graças às boas amizades com holandeses e franceses seus aliados de longas datas, com os quais ainda trocavam produtos nativos com armas.

É uma prova de que a violência gera violência, ainda que tarde.

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