Capítulo II
Uma rebelião histórixa no Colégio Paes de Carvalho teve desdobramentos jamais imaginados na década de 60.
Com disposição para a luta em defesa da democracia e dos direitos humanos, os cepeanos do curso noturno foram as ruas para protestar contra a desativação do Colégio Paes de Carvalho decretado pelo então Governador do Estado do Pará.
O objetivo era instalar a Assembléia Legislativa do Pará - ALEPA naquele prédio centenário e patrimonio cultural da família paraense.
Marchamos em massa pelas ruas de Belém até a residencia do governador na Praça Brasil. A praça estava lotada de policiais civis e militares prontos para a repressão violenta como sempre acontece em momentos de tal natureza, mas o governador, diante da manifestação cepeana, teve uma atitude inteligente, mandando uma comissão de policiais civis e militares com a seguinte mensagem:
"Se os manifestantes dispersarem agora, o governador receberá uma comissão de estudantes no Palácio do Governo para uma possível solução do assunto em pauta".
Reunimos para a posição acertada e esta foi pela dispersão do movimento, atendendo ao apelo do governador, ficando desde logo combinado o que dizer.
A decisão tomada foi pela não desativação do Colégio Paes de Carvalho e em compensação o governdo deveria criar o Colégio Magalhães Barata a ser localizado no bairro da Sacramenta, para onde iria o Paes de Carvalho após a desativação decretada.
O governador teve uma posição democrática e louvável, acatando a proposta do Colégio Paes de Carvalho, comprometendo-se pela revogação da infeliz ideia da desativação de uma das mais importantes instituições de ensino no Brasil.
Dia seguinte, a imprensa paraense dava destaque que á decisão do Governo do Pará - General Moura Carvalho. O projeto foi implantado anos depois, pelo então governador Alacid Nunes.
Continua no próximo capítulo.


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