quinta-feira, 19 de julho de 2018

ORAÇÃO DA SALA DE AUDIÊNCIAS

A Tribuna do Advogado do Pará, em sua missão de divulgar os fatos relevantes da história, presta sua homenagem ao eminente Jurista, Juiz Federal do Trabalho e Professor Universitário, Dr. Wilson Malheiros, publicando matéria de relevante importância para os operadores do Direito no Brasil e no Pará.

O profissional do Direito, como, aliás, qualquer profissional, para mim, não pode passar sem aquele atributo imperceptível para a maioria, mas que é de uma importância vital para que não sucumba no lamaçal da mediocridade.

Falo da noção de que somos, sobretudo seres espirituais em evolução e por isso devemos nos esforçar, dentro de nossas profissões, para continuarmos a subir, pouco a pouco, a chamada "Escada de Jacó".

Quando exercia, como Juiz da ativa, meu oficio jurisdicional, nunca me esqueci de que a verdadeira Justiça não se pode traficar, nem enganar, nem comprar ou vender, pois ela é uma das lâmpadas condutoras da humanidade nos rumos do Bem.

Então, fiz uma oração, que foi a maneira que encontrei para me ajudar a tentar distribuir justiça com dignidade, dentro das minhas modestas circunstâncias humanas.

Essa prece mandei afixar na porta de minha sala de audiências, bem visível, para que eu, meus colegas e parceiros Advogados pudéssemos meditar, todo dia, sobre a grave responsabilidade de nossas missões, tanto para nosso destino como parta a vida de nossos clientes e jurisdicionados.

DR. WILSON MALHEIROS

ORAÇÃO DA SALA DE AUDIÊNCIAS:

Que Deus me conceda a mercê de poder sentar-me, enquanto juiz, à mesa de audiências, todos os dias, e dizer aos que me procuram sequiosos de Justiça.

Vinde, irmãos e irmãs, sentai comigo... Tentarei ser todo paciência para escutar as fraquezas, os medos, incompreensões, vaidades, paixões, egoísmos, caprichos, alegrias, enfim, todas as flores e espinhos que brotam, de nossa condição humana.

Vinde, irmãos e irmãs, compartilhemos do pão da boa vontade, bebamos do vinho da concórdia, antes que eu seja compelido a mandar-vos fazer o que não é do desejo de vossos corações empedernidos, usando o chicote coercitivo da sentença.

Vinde, entrai nessa sala, sentai ao redor da mesa e depois ide espalhar que o mundo seria bem melhor se não precisasse praticar nem a espada nem a balança, mas a mão estendida da paz.

Vinde, reparai que a justiça só virá se tivermos corações que saibam chama-lá...E então ela chegará e nos aquecerá com sua asas maternais e aliviará nossas lágrimas.

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