Nasceu o Dr. Adhemar de Figueiredo Lyra, na Vila Fazenda Santa Maria Flor do Ganhão, Município de Chaves (antiga Santo Antônio dos Aruans), Estado do Pará, no dia 18 de agosto de 1896, sendo filho do Dr. Francisco Olympio Lyra, republicano histórico e de sua esposa, Dona Maria Adellina de Figueiredo Lyra.
O Marajó é composto pelo maior arquipélago fluvio-maritimo do planeta, são cerca de 2.500 ilhas e ilhotas espalhadas por uma área localizada entre os estados do Amapá e do Pará, na região norte brasileira. o arquipélago é denominado pelo Estado do Pará como uma área de Proteção Ambiental (APA), que o torna uma região ecológica protegida oficialmente contra processos de intervenção artificial que possam degradar os ecossistemas.
O homenageado fez seu curso primário no conceituado Colégio Nossa Senhora do Rosário, e o curso de humanidade no Ginásio do Colégio Paes de Carvalho.
Em seguida, na tradicional Faculdade de Direito do Pará, por onde, concluiu a graduação do seu brilhante curso acadêmico, em 30 de dezembro de 1923.
Reduto do bacharel em Ciências Publicas e Sociais, vindo a residir, logo após sua formatura, na capital do estado de São Paulo, onde exerceu algum tempo a Advocacia, ingressando mais tarde, no Ministério Publico como Promotor na antiga comarca do Areias, cargo para o qual foi nomeado em maio de 1927, por decreto do ilustre e saudoso estadista, o senador Pino Bueno.
Na ocasião governador do Estado por decreto de 27 de novembro de 1928, foi nomeado para o cargo de juiz substituto do 22° Distrito Judicial, com sede em Faxina (hoje Itapeva), cargo esse obtido por concurso de provas e títulos, por decreto de agosto de 1929.
Foi removido a pedido, para idêntico cargo no 17° Distrito, com sede em Jaú, após ter sido classificado diversas vezes por merecimento pelo Egrégio Tribunal do Estado, foi promovido a Juiz de Direito da Comarca de Santo Anastacio por decreto de 26 de dezembro de 1932.
Foi removido para o cargo de Juiz de Direito da Comarca de Cunha, na qual exerceu a judicatura até 20 de junho de 1935, data em que foi promovido por merecimento para a comarca de São José dos Campos, de onde foi removido, também por merecimento, para a comarca de Guaratinguetá, por decreto de 15 de julho de 1940.
Por decreto de 20 de dezembro de 1944, foi promovido ao cargo de Juiz de Direito da 1ª Vara da Comarca de Rio Preto, e, por decreto de 23 de janeiro de 1945, foi nomeado para o Fórum da referida comarca.
Por decreto de 08 de abril de 1946, foi promovido por merecimento ao cargo de Juiz de Direito da 1ª Vara Civil da Comarca de Santos, onde também exerceu o cargo de Diretor do Foro para o qual foi nomeado por decreto de 25 de março de 1947.
Em 18 de novembro de 1951, deixou a jurisdição na 1ª Vara Civil, em virtude de ter sido removido por permuta para a 3ª Vara Criminal e de Menores, onde permaneceu até 17 de dezembro de 1954, ao cargo de Juiz do Tribunal de Alçada do Estado, onde permaneceu até o seu falecimento, ocorrido em 13 de janeiro de 1959.
Em virtude de suas sucessivas promoções, recebeu as maiores homenagens por parte dos seus antigos jurisdicionados da Comarca de São José dos Campos, Guaratinguetá e São José do Rio Preto, em sinal de reconhecimento pela maneira imparcial, serena e humana, com que sempre exerceu a sua alta missão de julgador, foi ainda, o Dr. Adhemar de Figueiredo Lyra em Santos, Presidente da Sociedade Santista dos Amigos da Amazônia, Presidente de honra da Associação Atlética Forense, Delegado da Associação dos Magistrados do Brasil no Estado de São Paulo, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, Professor de Direito Constitucional da Faculdade Católica de Direito de Santos, Presidente da Sociedade Santo Ivo, e participou também, do movimento constitucional de 1932.
Dedicado ao extremo, aos interesses da justiça, empenhou-se a fundo para dotar as Comarcas onde exerceu a judicatura, de prédios condignos para o funcionamento dos Fóruns, tendo construido majestosos edifícios nas cidades de São José dos Campos, Guaratinguetá e Santos.
Foi o Dr. Adhemar de Figueiredo Lyra casado com a Exma. Sra Dona Ruth Orestina Garaldi de Figueiredo Lyra, pertencente a tradicional família Paulista, existindo desse matrimônio um filho, Oreste Garaldi de Figueiredo Lyra, ilustre advogado formado pela Faculdade Católica de Direito de Santos, onde reside, exercendo a Advocacia com brilhantismo na cidade de Guaratinguetá, desejando render uma homenagem de gratidão a memória do seu saudoso magistrado, apela para a Assembleia Legislativa, lance o seu nome como homenageado por esta cidade em reconhecimento aos seus esforços e persistência.
A manifestação foi de Juvenal Rodrigues de Moraes, em 18 de maio de 1962.
A União Marajoara dos Advogados (UNIMAD) presta sua homenagem ao grande jurista, que na sua trajetória terrena, lançou luzes de inteligência e do saber jurídico, servindo de modelo a ser seguido por todos que fazem da ciência jurídica o veiculo para a prática do bem comum, a luz das Cartas de Direitos Humanos e doutrina Cristã.




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