sábado, 19 de junho de 2021

MEUS DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA - PARTE CXLIV

Em meus depoimentos para história, não poderia deixar de trazer à colação o luminar pensamento do Senador Pedro Simon, publicado em 2007, em seu livro intitulado "Dois Mundos, em busca de valores e referências". O nobre Senador aborda diversos assuntos de relevante importância para uma sociedade verdadeiramente livre, democrática e solidária à luz do Cristianismo.


Simon interpretou o sentimento sobre a importância da família jurídica no Brasil, além do ciclo Colonial. Para entender o pensamento, transcrevemos parte do texto publicado com o título "Onze de Agosto, o outro dia da Independência". 


No dia 11 de Agosto, o Brasil comemora a criação dos cursos jurídicos e a advocacia. Poderia ser, na verdade, a celebração de nossa Independência, ou mais ainda, da nossa soberania. É que não há país independente, nem soberano, se ele não domina o saber e não vive um estado de direito, se ele não acumula o conhecimento sobre si próprio e não possui autodeterminação para escolher os melhores caminhos para seu povo, enquanto nação livre e democrática.


Até a criação dos cursos jurídicos em 1827, o saber jurídico era moldado nas terras de Além Mar, embora a independência em 1822, e a proclamação de uma nova constituição em 1824.


Esta é para mim a máxima importância de comemorarmos o 11 de agosto de 1827, foi nesta data que o Brasil passou a construir efetivamente um Estado Nacional. Era preciso edificar o nosso aparato institucional sem o viés da metrópole e segundo os interesses da Nação que emergia, independente.


As nossas melhores cabeças, que atravessaram o oceano para estudar, principalmente em Coimbra, passaram a ter, a partir de 11 de agosto de 1827, São Paulo e Olinda como centros do saber jurídico; mais do que isso, naqueles tempos a ciência jurídica se somava à filosofia e à ciência política".


Pedro Simon, no alto de sua inteligência, construiu uma síntese de nossa história, tendo como foco o surgimento dos cursos jurídicos no Brasil, em cujo cenário brilharam diversas, inteligências, entre as quais José Bonifácio de Andrada e Silva, Rui Barbosa e tantos outros que fizeram do saber jurídico a base sólida para construção da Pátria brasileira em plena evolução política social e igualitária. 

José Bonifácio de Andrada e Silva, o patriarca da Independência.


Rui Barbosa, combatente em favor do direito.

Continua.

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