A cidade nova dos Aruans não é mais uma história contada em depoimentos, mas sim um projeto de futuro para o município de Chaves - Marajó.
Não estamos sugerindo o abandono da cidade de Chaves, antiga Santo Antônio dos Aruans, muito pelo contrário, ela deverá ser um dos futuros polos turísticos do Marajó, como Soure para Belém.
A construção de pousadas em fazendas tradicionais deve ser a grande atração social, cultural e econômica para a região.
O projeto da construção da cidade nova dos Aruans tem raízes históricas, como já abordamos em depoimentos anteriores, na vila dos Aruans, na região norte da ilha Caviana, localidade de Rebordelo, estuário norte do Rio Amazonas, próximo a antiga fortaleza de Bragança. Em verdade, o que queremos é a ressurreição de uma vila(cidade) presente há milhares de anos passados. A história deixou registrado que a cidade de Chaves, antiga Santo Antônio dos Aruans teria sido melhor construída ao sul da ilha Caviana, e não na costa norte do Marajó, onde a violência das correntes já demoliu parte da cidade antiga, inclusive o quartel militar com grande guarnição, afinal, a sua posição estratégica na foz do Rio Amazonas justificava aquela época o aquartelamento de um batalhão para garantir o domínio luso na Ilha do Marajó-Pará.
Foi nesse cenário histórico que, em 1823, foi proclamada a adesão de Chaves a independência do Brasil, proclamada em 1822 por Dom Pedro I.
A adesão de Chaves teve caráter solene: o ato foi realizado no quartel da 8ª Companhia de Cavalaria e Infantaria da Região da 2ª linha, e contou com a presença dos componentes do Senado, da Câmara e do Capitão Comandante Militar e de Polícia, Manoel Carlos Gemaque de Albuquerque, autor da ideia de dar muita pompa ao ato adesório à independência do Brasil de Portugal.
É lamentável saber que parte dessa história foi arrastada para o fundo do mar, onde permanece encoberta pelas águas turvas do estuário norte do lendário Rio Amazonas. Diante dessa realidade histórica, é possível afirmar: Chaves pode ser o centro cultural do futuro e tem tudo para ser, com a força jovem de seu povo e de homens e mulheres livres e de bons costumes.
A cidade nova dos Aruans será o futuro centro produtor e industrial da região, com a participação dos pecuaristas, agricultores e pescadores que sempre produziram riquezas sem agredir a natureza.
Continua.
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