O cenário político contemplado pela Sociedade brasileira, nos dias atuais, nos leva à profundas reflexões e preocupações nos campos da Educação, da Segurança Pública, da Saúde, do Mercado de Trabalho, fazendo com que nos deparemos com realidades chocantes, cruéis e aparentemente insolúveis do ponto de vista material. A onda crescente da criminalidade, o desaparelhamento da estrutura policial, que começa refletir de forma angustiante no Poder Judiciário, enquanto órgão fundamental de manutenção do Sistema Republicano e da Democracia, enquanto poder pertencente a todos. A visão amarga que se tem de legiões de jovens que começam a perder o sentido de sua existência moralmente constituída, é o descer da ladeira na escala social, é uma ameaça ao futuro da sociedade organizada em seus diversos patamares, a fragilização da força que impõe, é a soberania nacional, cujos exemplos em nosso passado estão gravados na história da sociedade brasileira, como, de igual modo, se verifica, ainda hoje, nas diversas nações do mundo. A grandeza de um País e de um povo nunca será mantida quando a sua base, que é o elemento jovem, estiver divorciada de princípios éticos, morais e cívicos. E verdade que a educação tem inicio no lar, e até bem pouco tempo, as comunidades, de um modo geral, preparavam os seus filhos nas chamadas primeiras letras para ingressarem na escola de formação educativa. A falta de oportunidades agrava, em muito, o desejo de cada um dos cidadãos jovens de encontrar a estabilidade, mínima que seja, para o seu projeto de vida. O Poder Público, de um modo geral, precisa repensar os atos de muitos de seus integrantes e perfilar-se diante dos valores da pátria e, se não for pedir muito, recorrer aos ensinamentos da Doutrina Cristã que se constitui, inegavelmente, um Código de Ética incensurável. O tempo avança velozmente, e, como dizia, William Shakespeare, ele não para pra que possamos consertar as coisas partidas ao longo de nossa caminhada. O sofrimento sempre foi um mal que acompanhou o homem através da sua história, entretanto, como tudo tem limite, o Brasil precisa rever condutas para que não sejamos, no futuro, náufragos da irresponsabilidade e do materialismo que hoje nos cerca. As denúncias, que tem como fonte a voz da Igreja no Marajó, têm como consequência as décadas de abandono em que uma população de passado glorioso foi relegada ao esquecimento. Rico em potencial produtivo, o homem marajoara tem sabido, através dos tempos, manter vivas as suas tradições, e cultuando sempre a memória do passado, deixada gravada através da escrita no barro do solo sagrado dos Aruãs. Os horrores contados através da Imprensa nem sempre correspondem a uma realidade, e, para desmistificar essa propaganda, se faz necessário um posicionamento firme, fraterno e solidário de toda a comunidade marajoara, na busca do triunfo da verdade, da moral e do crescimento auto-sustentável com tecnologias adequadas. Estamos ingressando em mais um período eleitoral no Brasil, nos Estados e nos Municípios. A Justiça Eleitoral tem prestado uma grande contribuição no sentido de orientar a Sociedade quanto à necessidade de seleção dos candidatos pelos Partidos para serem levados a escolha popular através do voto direto e secreto. É esse mesmo Poder Judiciário Eleitoral, aliado ao Ministério Público Federal e Estadual, que tem caçado candidaturas e, até mesmo, mandatos de pessoas cuja conduta ética, comprovadamente, não se harmoniza com os Princípios da Democracia, que é a luta do cidadão na busca do bem comum. A Comunidade Tecnológica, a comunidade juridica, bem como outros segmentos profissionais, devem desenvolver ações estimuladoras para que profissionais de bom nível moral e ético, aliados ao conhecimento técnico e científico, participem de forma direta na disputa dos cargos públicos, até porque, no Mundo Moderno, o desenvolvimento social somente se opera com base no Conhecimento Técnico e Científico. Voto não tem preço, voto tem consequências. Votar em incompetentes não rima com inteligência, uma vez que pode significar aspectos negativos na segurança, na saúde, e no meio-ambiente em que se vive.
FRANKLIN RABÊLO DA SILVA. Advogado. Nascido em Chaves(PA). Formado em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal do Pará. Pós Graduado em Direito Civil e Processual Civil pela FACI/FGV. Atuou como Assessor Jurídico do CREA-PA, como Coordenador da Câmara de Mediação e Arbitragem do CREA-PA e como Assessor Parlamentar do CREA-PA.
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