quinta-feira, 7 de abril de 2022

MEUS DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA - PARTE CCX

Abordaremos neste capítulo, a preocupante realidade relacionada com as transformações tecnológicas, que avançam surpreendentemente em todos os campos da atividade humana.

Atividades profissionais praticadas por regiões de seres humanos até recentemente, são substituídas pelas máquinas inventadas pelo Homo Sapiens, que assumiu o comando do planeta Terra há mais de cem mil anos pretéritos.


Para melhor compreender os fatos sob exame, reproduziremos a brilhante matéria de autoria da advogada Juliana Vieira dos Santos, Conselheira da Associação dos Advogados de São Paulo - AASP, Publicada na Revista Boletim, da referida Associação.


“As mudanças nesta nova era são exponenciais. E nenhum mercado passará ileso. Nem a dos advogados.


O exercício do Direito nessa era pós-digital envolverá muito mais do que a presença nas redes sociais, digitalização de processos, arquivos em nuvens, softwares de desempenho...


Em 2013, pesquisadores da Universidade de Oxford fizeram um estudo sobre o futuro do trabalho e concluíram que uma a cada duas profissões tem alto risco de ser substituída por um robô.


O Machine learning, o braço mais poderoso da Inteligência artificial, é a tecnologia responsável por essa disrupção. Ela permite que a máquina aprenda com um número grande de informações e imite algumas coisas que o ser humano consegue fazer.


Diversas pesquisas vêm demonstrando que não temos qualquer condição de competir com os robôs em tarefas frequentes e volumosas. Os robôs já corrigem trabalhos de faculdade, diagnosticam doenças, auditam contas públicas, detectam padrões em documentos, elaboram contratos e petições.


É certo, portanto, que boa parte do mercado jurídico será tomada por robôs.


Mas, as máquinas não estão se dando bem em situações inéditas. De fato, o que a inteligência artificial não consegue analisar (e essa é a limitação fundamental do Learning machine) são situações novas. As limitações dos robôs é que eles precisam partir de um número grande de dados de um mesmo assunto para aprender. Nós, humanos, não. Nós temos habilidade de conectar fios soltos a partir de insights e resolver problemas nunca antes vistos.


Isso traz, ao menos por enquanto, um limite fundamental a quais tarefas humanas serão automatizadas por robôs: só sobreviverá as máquinas aquele que tiver a cada dia um novo desafio. E também aqueles que conseguirem criar novos processos de trabalho a partir dessa tecnologia.


Mas o maior desafio não é o interesse corporativo de como vamos manter nossa profissão.


O desafio fundamental será entender como, e se, o Direito sobreviverá como ponto de inflexão para o novo paradigma social e econômico que vem por aí, considerando que a revolução científica e digital vai subverter o mundo da forma como conhecemos.


E, para entender isso, nós, advogados, já estamos atrasados, pois o futuro já começou".

Imagem da sala de advogados com computadores em operação.


Sala de um Tribunal de Justiça e sala de audiência virtual (tele audiência).

Propaganda da importância do advogado na aplicação do Direito.


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