sexta-feira, 15 de maio de 2020

MEUS DEPOIMENTOS PARA A HISTÓRIA - PARTE XXX

Aquisição de uma área de terra para a construção de centro social e comunitário de nascimento em Chaves.

Esse projeto tinha como objetivo a promoção social de uma região bastante populosa e extensa, que lamentavelmente sempre foi esquecida pelo poder público. Visando atender essa região, apresentei projeto de lei na Câmara Municipal de Chaves, sendo o mesmo aprovado por unanimidade pelos vereadores.

A seguir estabeleci contato com o proprietàrio das terras, negociando com o mesmo um valor bastante vantajoso, até porque esse proprietário estava interessado na venda do bem, não encontrando interessado por causa de conflitos sociais decorrentes do nível de pobreza reinante na região.

O meu projeto incluía a implantação de escola, posto de saúde, poço artesiano, bem como a construção de uma fábrica de gelo destinada a valorização da comunidade de pescadores da região, com o apoio de instituições estaduais e federais vlotadas para a agropecuária e a pesca.

Para que isso fosse possível juridicamente, pedi a inclusão da despesa no orçamento do município, o que foi feito, dentro da legalidade jurídica e contábil.

Tudo parecia caminhar na mais perfeita harmonia, porém, mais uma vez as forças ocultas operavam com intensidade junto ao prefeito municipal de Chaves. A consequencia foi dramática para o tão humanitário projeto.

O proprietário do imóvel foi à cidade de Chaves assinar o instrumento de compra e venda de sua propriedade em favor do município e para o bem de uma comunidade trabalhadora e numerosa carente de um olhar humanitário e solidário.

Lamentavelmente o prefeito recusou a finalizar a compra em favor da comunidade de nascimento Chaves. Marajó-Pa. O que foi mais doloroso foi a constatação de que o projeto estava amparado pelo manto da legalidade, como sempre era praticado por um vereador desejoso de praticar o bem comum.

Foi um fim lamentável de um dos mais humanitários projetos construido por um vereador com mandato gratúito e com origem ruralista, sendo pescador e agricultor em sua terra natal nos dias de sua juventude.

Fica claro que nós humanos acreditamos mais na mentira vestida de verdade do que a verdade nua e crua.


Imagem de um pescador marajoara tratando de seu pescado.


Uma visita sentimental ao porto pesqueiro de Soure-Marajó-Pará, berço ancestral de nosso avô Joaquim Cardoso da Silva.

Continua na próxima edição.

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