quinta-feira, 27 de setembro de 2018

A TRIBUNA DO ADVOGADO REGISTRA OS 195 ANOS DE ADESÃO DE CHAVES A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

A Tribuna do Advogado do Pará, no cumprimento de sua missão quanto a divulgação dos fatos históricos relevantes, traz a luz do presente um fato pouco lembrado na atualidade, trata-se da manifestação publica da adesão do Município de Chaves á Independência do Brasil.

Chaves, antiga Santo Antonio dos Aruãns, era sede do 8° Batalhão do Exercito Brasileiro na Ilha do Marajó, estuário do rio Amazonas.

Acontece que, em setembro de 1823, dia 14, com a participação da população civil e militar, foi proclamada em publico a adesão de Chaves á Independência do Brasil.

Este acontecimento foi relevante pela posição estratégica daquele município no estuário norte do rio Amazonas.
Na esteira rolante do tempo, encontramos o marco histórico de cento e noventa e cinco anos de adesão do Município de Chaves, antiga Santo Antônio dos Aruãns á Independência da jovem Nação Brasileira do domínio Português.

A seguir, transcrevemos matéria anteriormente publicada sobre o assunto.

HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE CHAVES
A tribo dos aruãns emigrou da parte noroeste do Continente, para as lhas de Caviana, Mexiana e Marajó (parte oriental), ali ficando de 1450 a 1820, respectivamente, anos em que teriam iniciado guerra contra os índios marajoaras e sido aniquilados pelos portugueses, que conquistavam as terras da foz do Amazonas.

Suas aldeias, pequenas, com urna única maloca que abrigava umas cinco ou seis famílias, no máximo, e se localizavam parto de rios ou igarapés navegáveis.

De índole errante, não permaneciam vinte anos no mesmo lugar. A cerâmica era pobre, com pequeno realce decorativo nas urnas funerárias.

De uma aldeia dos aruãns é que se originou a atual Cidade de Chaves. Ali os missionários capuchos do Santo Antônio fundaram uma missão, passando a catequizar os aborígenes, à exemplo do que faziam em outros pontos da Ilha do Marajó. Mas em 1755 o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, no dia 6 de junho, deu-lhe o predicamento de aldeia, para dois anos depois, elevá-la à categoria de Vila. E até 1765 foi seu diretor o cidadão Francisco Rodrigues.
 
Depois da criação do Senado da Câmara, antes do expirar o século XVII tornou-se Chaves uma espécie de centro militar, com grande guarnição: afinal, a sua posição estratégica, às proximidades da foz do Amazonas, justificava, naquela época colonial, o quartelamento de um batalhão, para garantir o domínio luso na Ilha do Marajó.
 
A adesão do município à Independência do Brasil ocorreu no dia 14 de setembro de 1823. Teve caráter solene: o ato foi realizado no quartel da 8ª Companhia de Cavalaria e Infantaria, da Legião da 2ª linha, e contou com a presença dos componentes do Senado da Câmara e do capitão comandante militar e de polícia, Manoel Carlos Gemaque de Albuquerque, autor da ideia de dar muita pompa ao ato adesório.
 
O Conselho do Governo da Província, em sessões realizadas nos dias 10 a 17 de maio de 1833, deu nova organização municipal. Na ocasião o Conselho oficializou os limites do Município do Chaves, modificou-lhe o nome: passou a chamar-se Equador. E Equador ficou até 1844, quando, pela resolução nº 117, de 11 de setembro, sua denominação primitiva foi restabelecida.
 
A 12 de dezembro de 1859, lei nº 352, determinou que a Vila de Chaves mudasse de local. Motivara isso as constantes erosões ali verificadas. Porém, essa determinação nunca chegou a ser cumprida, porque esbarrou na má vontade, tanto dos moradores quanto dos vereadores de sua Câmara.
 
A 23 de janeiro de 1891, pelo decreto nº 260, foi a Vila de Chaves elevada a categoria de Cidade. Dez anos depois, novamente surgiu a ideia de transferir a sede municipal para um terreno mais sólido. O local escolhido era o chamado de Bacuri. A 10 de outubro de 1901, a lei nº 785, autorizou a mudança da cidade. Mas, a exemplo do que ocorrera meio século antes, houve má vontade e Chaves continuou no mesmo lugar.
 
Antes de terminar o século XIX, Chaves teve sou nome mudado para Santo Antônio de Aruãns. Em 1938 voltou a ter a sua denominação antiga.

Esta iniciativa tem como foco principal, manter viva a nossa histórica para que ninguém alegue que nada disto aconteceu.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Entre em contato conosco

Tribuna do Advogado do Pará: tribunadoadvogadodopara@gmail.com
Diretor Superintendente: Franklin Rabêlo da Silva