A 10 de julho de 1499, chegou ao Tejo, de volta do Oriente, Vasco da Gama, com provas ostensivas de que havia descoberto, em 1498, o caminho marítimo para as indias. A Coroa Portuguesa ficou exultante de alegria e apressou-se em dar conhecimento de tão grande feito, há décadas perseguido pelos portugueses, aos Reis Católicos, ao Papa e outros monarcas, objetivando resguardar seus interesses geopolíticos. O êxito da viagem de Vasco da Gama sensibilizou os monarcas espanhóis a buscarem a celebração de "capitulações" (acordo de concessão de poderes) com outros navegadores, para a exploração das áreas descobertas, eliminando-se, assim, a exclusividade que havia sido dada a Colombo.
Um dos primeiros beneficiários dessas concessões para exploração foi o navegador Vicente Yañez Pinzón, que havia comandado a caravela Niña, na viagem de Colombo, que levou ao descobrimento da América. Tratando-se de uma concessão, a viagem de Pínzón foi custeada com recursos próprios, certamente oriundos do prêmio que havia recebido por sua participação no descobrimento da América.
Durante muitos anos, foi discutido pelos historiadores o verdadeiro trajeto da viagem de Vicente Pinzón. Ultimamente, porém, mais precisamente, na década de setenta do século passado, passaram a ser aceitas as pesquisas do capitão-de-mar-e-guerra Max Justo Guedes, diretor do Serviço de Documentação da Маrinhа Вгаsileiга, que, afinal, esclareceram a verdadeira rota de Pinzón. Com 4 (quatro) caravelas e cerca de 150 homens, partiu Pinzón, a 18 de novembro de 1499, rumo ao sudoeste, aportando nas ilhas Canárias e Cabo Verde.
Continuando a sua viagem, foi atingido por uma grande tempestade que, rapidamente, o levou a Costa brasileira, aportando em um cabo, que Max Justo Guedes demonstra ser a ponta de Mucuripe, no Ceara. Aí travou batalhas com as tribos indígenas e capturou 36 nativos, que levou para vender como escravos na Espanha.
Continuando a navegar pela Costa Brasileira, segundo descreve Eduardo Bueno, Vicente Pinzón e seus companheiros foram colhidos por grande surpresa; um grande estrondo contínuo, produzido por uma onda ameaçadora; era a pororoca provocada pelo encontro das correntezas da foz do Amazonas, na época das grandes enchentes do rio, com as marés altas ocasionadas pelo ciclo Iunar. Esse fenômeno осогге еm vários роntos da foz do Amazonas, quando a fase da Iua torna propício o seu surgimento. Os navegadores notaram que as águas pelas quais navegavam não eram salgadas e sim doces, o que deu para perceber que estavam na foz de um grande rio. Eram os primeiros dias do mês de fevereiro de 1500, portanto quase três meses antes da descoberta do Brasil por Pedro Álvares Cabral.
Também não se sabe em qual lugar da foz do Amazonas ocorreu essa descoberta. Alguns sustentam que se tratava da Baía do Marajó, onde deságua o braço sul da foz do Amazonas. Outros afirmam que o Iugar deve ser o braço norte do Amazonas, onde com mais frequência, ocorre o fenômeno da pororoca. Ai tomou Pinzón posse das terras em nome da Coroa Espanhola e, certo de que estava na foz de um grande rio que nasceria em montanhas existentes no interior, denominou o rio descoberto de Santa Maria de La Mar Dulce. Os nativos chamavam àquela região de Mariatambal. Tratava-se de uma região com muitas ilhas, habitada por gente mansa e sociável. Pinzón penetrou no rio Amazonas, porém, navegando contra as fortes correntezas, certamente não chegou ао rio propriamente, реrmanecendo no braço norte ou sul, aquele que encontrou.
Confirmava-se, assim, o reconhecimento geopolítico de que a Amazônia pertencia а Согоа Еspanholа, роis аs terras descobertas situavam-se a Oeste do meridiano indicado no Tratado de TordesiIhas, como divisor das terras descobertas, ou por descobrir, entre Portugal e Espanha. Ainda em fevereiro do ano de 1500, outro navegador espanhol, Diogo de Lepe. Aportou na Amazônia logo após Vicente Pinzón. Estava, também, a serviço da Coroa Espanhola. Deu ao rio nome de Maranon. Aliás, este foi o nome pelo qual o rio Amazonas se tornou conhecido na Europa nos primórdios do século XVI.
Fonte: Professor Nelson de Figueiredo Ribeiro.
ATUALIZAÇÃO
O aprisionamento de homens a nativos por Pinzon no estuário Norte do Rio Amazonas, onde o navegador espanhol enfrentou ondas gigantes da Pororoca - Poroc Poroc na língua nativa.
O local do descobrimento não há dúvidas de que foi o estuário norte do Amazonas, onde já se encontrava grande concentração de nativos da etnia Aruans.
Fonte: Professor Nelson de Figueiredo Ribeiro.
ATUALIZAÇÃO
O aprisionamento de homens a nativos por Pinzon no estuário Norte do Rio Amazonas, onde o navegador espanhol enfrentou ondas gigantes da Pororoca - Poroc Poroc na língua nativa.
O local do descobrimento não há dúvidas de que foi o estuário norte do Amazonas, onde já se encontrava grande concentração de nativos da etnia Aruans.
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