Os homens do passado, com destaque para Jesus Cristo, deram tudo de si e como nada tinham de bens materiais, deram as próprias vidas pela Justiça.
Pagaram por crimes que nunca cometeram, mas foram acusados, processados e condenados em processos fraudulentos, onde a ambição supera a razão, quando o poder de poucos está em jogo -e acima de tudo- esse sentimento de poder é a grande ameaça do mundo moderno, que poderá levar ao fim da dita civilização, e o que é mais triste, da grande massa dos considerados terceiro mundo.
Não esqueçamos de que, esta massa que muitos ainda desprezam, foi usada para o acumulo de riquezas de minorias.
Entre essa massa humana, encontram-se africanos, indígenas e seus descendentes.
Essa reflexão nos conduz a um ponto de convergência.
A defesa da justiça, desde os primórdios da humanidade é um dever de todos, na busca continuada do bem comum.
O poder judiciário não é e nunca será um bem apenas de magistrados, promotores e outros. O poder judiciário é o terceiro poder do sistema republicano estruturado em ciências humanas e alimentado pelos operadores do direito, chamados advogados ou doutores por excelência ou ainda doutores das leis.
Com essa visão, entendemos ser imperioso a união de todos, em busca de um poder judiciário bem estruturado, com a participação ativa da comunidade usuária.
Esse pensamento nos leva a meditar sobre as comarcas implantadas nos longínquos municípios interioranos, onde juízes e advogados não dispõem de estrutura minima para o seu funcionamento.
Pensamos ser urgente uma campanha para o fortalecimento do terceiro poder republicano em busca do sonho em que, todos são iguais perante a lei em direitos e obrigações, independente de cor, credo e religião, vide artigo 5° da Constituição Federal do Brasil.
É com esses sentimentos de fé que devemos caminhar em busca da paz universal, na defesa dos direitos humanos tão sonhados pelos homens e mulheres livres e de bons costumes.
O poder judiciário somos todos nós que buscamos o conhecimento técnico jurídico para a prática do bem simbolizado pelos princípios da liberdade, igualdade e fraternidade.
Quando esses princípios forem adotados em sua plenitude, poderemos proclamar, gloria a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade.
Encerramos nossa reflexão sobre justiça com o magnifico pensamento de Rui Barbosa a seguir transcrito:
ORAÇÃO AOS MOÇOS
Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advogado. Nelas se encerra, para ele, a síntese de todos os mandamentos. Não desertar a justiça, nem cortejá-la. Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes contra aqueles. Não servir sem independência à justiça, nem quebrar da verdade ante o poder. Não colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniqüidade ou imoralidade. Não se subtrair à defesa das causas impopulares, nem à das perigosas, quando justas. Onde for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial. Não proceder, nas consultas, senão com a imparcialidade real do juiz nas sentenças. Não fazer da banca balcão, ou da ciência mercatura. Não ser baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis. Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade. Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem.
Encerramos nossa reflexão sobre justiça com o magnifico pensamento de Rui Barbosa a seguir transcrito:
ORAÇÃO AOS MOÇOS
Legalidade e liberdade são as tábuas da vocação do advogado. Nelas se encerra, para ele, a síntese de todos os mandamentos. Não desertar a justiça, nem cortejá-la. Não lhe faltar com a fidelidade, nem lhe recusar o conselho. Não transfugir da legalidade para a violência, nem trocar a ordem pela anarquia. Não antepor os poderosos aos desvalidos, nem recusar patrocínio a estes contra aqueles. Não servir sem independência à justiça, nem quebrar da verdade ante o poder. Não colaborar em perseguições ou atentados, nem pleitear pela iniqüidade ou imoralidade. Não se subtrair à defesa das causas impopulares, nem à das perigosas, quando justas. Onde for apurável um grão, que seja, de verdadeiro direito, não regatear ao atribulado o consolo do amparo judicial. Não proceder, nas consultas, senão com a imparcialidade real do juiz nas sentenças. Não fazer da banca balcão, ou da ciência mercatura. Não ser baixo com os grandes, nem arrogante com os miseráveis. Servir aos opulentos com altivez e aos indigentes com caridade. Amar a pátria, estremecer o próximo, guardar fé em Deus, na verdade e no bem.
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